Esaú

Nossa lição anterior foi sobre Rebeca, seu marido Isaque, e seu casamento. Quando estavam casados há mais de 19 anos e não tinham nenhum filho, Isaque ficou oprimido e orou sobre a questão (Gênesis 25:21). Deus abençoou Isaque e Rebeca e deu-lhes gêmeos. Os garotos foram chamados Esaú e Jacó (naquela ordem). Nasceram 20 anos depois do casamento de Isaque. Esaú, o mais velho, é o assunto desta lição.

Em alguns aspectos Esaú era como Caim, o primeiro assassino. Em outros aspectos era muito diferente. Enquanto Caim matou seu irmão (Abel) sem razão, Esaú jurou matar seu irmão por uma injustiça (Gênesis 27:41), mas, vindo a oportunidade, arrepende-se e não fez nenhum mal a Jacó (Gênesis 33:4). Podemos ver em Esaú um homem comparativamente bom e de moral, porém alguém sem nenhuma percepção ou convicção espiritual.

Esaú era um caçador astuto (Gênesis 25:27) e foi aparentemente um provedor bem sucedido para sua casa (Gênesis 33:1,9). Foi muito amado por seu pai (Gênesis 25:28) e parece que Esaú o amou de volta (Gênesis 27:30-32). Por outro lado, parece ter nenhumas convicções espirituais. Não deu valor a seu direito de primogenitura, à posição de primeiro filho. Ele a vendeu por uma porção de guisado. Por isso, Paulo refere-se a ele como sendo uma pessoa profana (Hebreus 12:16). Esaú olhou para seu direito de primogenitura com a razão, e não com fé, e, por isso, desejou vendê-la tão barato (Gênesis 25:27-34). Parece que a perda da benção de Esaú foi o resultado da venda de seu direito de primogênito (Hebreus 12:16, Gênesis 27:34).

Independentemente de como vemos Esaú (moral ou imoral, honesto ou desonesto), devemos vê-lo como uma figura do homem natural. Seus feitos, sejam quais forem, são da sua própria direção e não do comando de Deus. Essa é a posição natural de todo homem que está sobre a terra. É por essa razão que Jesus disse: “Vos é necessário nascer de novo” (João 3:3). Jacó, em contraste com Esaú, ilustra o segundo nascimento.

Forrest L. Keener