Festo

Atos 24:27-25:27

Pórcio Festo tornou-se governador logo após Félix. Era um oportunista do pior tipo, cujas ambições políticas eram bem maiores que suas convicções acerca de moral ou justiça. Não encontrou maldade em Paulo (Atos 25:25, 26), mas, devido a motivos de popularidade política, recusou tomar uma decisão a favor de Paulo (Atos 25:9).

Provavelmente, não há pecado mais sedutor para alguém do que tentar ser indiferente em relação a Cristo ou as coisas de Deus. Festo herdou a responsabilidade de libertar Paulo por causa da ganância de Félix (Atos 24:25-27). Contudo, seu pecado não era menor que o de Félix; em duas ocasiões, ouviu Paulo falar segundo a fé de Jesus Cristo e não tomou nenhuma decisão a favor de Paulo.

Quando, pela primeira vez, Festo participou do julgamento de Paulo, tornou-se sua responsabilidade libertá-lo, pois as acusações não podiam ser provadas (Atos 24:7). Ao invés de fazer isso, na tentativa de agradar aos judeus, tentou enviar Paulo para Jerusalém a fim de que lá fosse julgado. Claro que isso não poderia acontecer porque existiam judeus fora-da-lei armando ciladas para assassinar Paulo, então Paulo apelou a César, e Festo, a fim de se livrar da responsabilidade, aceitou seu pedido. Isso conduziria a pregação do evangelho por Paulo em Roma, mas, finalmente, deu-se a execução de Paulo e, por uma parte dessa execução injusta, Pórcio Festo teria que responder durante a eternidade.

O maior pecado que Festo cometeu foi rejeitar a mensagem do Evangelho que Paulo entregou. Era costume de Paulo, em toda defesa, pregar o Evangelho. Talvez aprendera isso com Estevão, quem de modo condescendente viu morrer como mártir. Leia Atos 7:57-8:1. Podemos perceber, através da imparcialidade e da declaração, que Festo rejeita a mensagem de Cristo. Em Atos 26, Paulo fala sobre sua maravilhosa conversão e, nos versículos 22 e 23, prega o Evangelho com grande simplicidade. Festo disse que Paulo era louco. Pergunto: quem Festo acha agora que era louco?

Forrest L. Keener