Isaías

Isaías 6, Isaías 53

Por volta de 758 a.C., pouco antes do reino de Ezequias, Deus chamou um de seus maiores profetas de todo tempo, Isaías. Foi chamado em um momento de grande desordem, quando Israel estava caminhando para a escravidão devido a seu pecado e Judá teria o mesmo destino em breve. Sua sentença havia sido temporariamente adiada graças à liderança de alguns homens como Ezequias e pela graça de Deus.

As profecias de Isaías cobrem, talvez, a mais vasta variedade de assuntos de qualquer profeta maior. Revela o nascimento virginal de Jesus (Isaías 7:14), a crucificação de Cristo (Isaías 53); profetiza a cegueira e a escravidão de Israel; fala da desolação da terra prometida a que Deus os conduziu e da destruição de Jerusalém. Fala do retorno do povo da escravidão, dos julgamentos posteriores de Deus sobre aqueles que rejeitaram Cristo e das centenas de anos de desolação que os seguiriam. Fala sobre o retorno de Cristo na restauração final e sobre o milênio do reino de Cristo, quando a paz cobre a terra (Isaías 11).

Isaías não foi escolhido e chamado por Deus porque era bom ou forte, mas, ao contrário, porque era fraco e indigno (Isaías 6:6-8). Não apenas isso, mas não deveria ser amado e respeitado por seus companheiros israelitas. É verdade que o rei Ezequias o amava e buscava seu conselho, mas muitos homens odiavam-no porque profetizava contra os seus reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. Quando pense nesse profeta, nunca se deve pensar em um pregador feliz, bem quisto e popular, mas em um homem que era preocupado por seu povo, dedicado a seu Deus e odiado por sua posição e pregação. Entretanto, considere a perda que haveria nas escrituras, tanto no Novo quanto no Velho Testamento, sem as contribuições de Isaías.

Todo estudioso da Bíblia deve ler cuidadosamente e com freqüência o livro de Isaías. Certamente, nenhum livro do Velho Testamento contrasta tão perfeitamente o terrível julgamento de Deus sobre o pecado e a esperança perfeita que temos em Cristo Jesus.

Forrest L. Keener