Jesus, o Filho de Deus

O BATISMO DE JESUS

Mateus 3:13-17; Marcos 1:1-11

Lembre-se de que João o Batista era seis meses mais velho que Jesus, seu primo em segundo grau (segundo a carne). Quando João tinha aproximadamente trinta anos, a idade em que um judeu poderia comprometer-se com um ministério público, veio do deserto pregando o Reino de Deus e batizando aqueles que demonstravam evidências de arrependimento. Ficou surpreso, porém, quando Jesus, aproximadamente seis meses mais tarde, veio ao batismo, pois sabia que, se Jesus era o Cordeiro de Deus (João 1:29), não tinha pecados para se arrepender, e, assim, não entendia o porquê Ele tinha vindo ao batismo. Jesus disse, “... assim nos convém cumprir toda a justiça.” A resposta do por quê Jesus foi batizado nos ajudará em muito com relação à doutrina do batismo.

“... Cumprir toda a justiça”. É obvio que Seu batismo não foi para cumprir toda a justiça literalmente porque Ele cumpriu toda a justiça na cruz. O batismo de Jesus simbolizava o Seu trabalho na cruz. I Coríntios 15:1-4 diz que o Evangelho é, em sua essência, a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo segundo as Escrituras. O batismo de Jesus apontava em direção a Sua morte na cruz, Seu enterro e Sua ressurreição.

Sabemos que não foi por aspersão ou qualquer outro meio, pois o batismo é sepultamento (Romanos 6:3-4) e somente através da imersão podemos retratar a morte, sepultamento e ressurreição. Através de João 3:23 fica óbvio o fato de que João praticou apenas esse modo de batizar, pois lá está registrado que João batizou em Enom porque havia muita água naquele lugar. Qualquer poço de uma vilarejo teria água suficiente para aspersão.

É obvio que o batismo de Jesus não tinha como finalidade a remissão de pecados, pois Ele não tinha nenhum pecado. Seu batismo tinha apontava a cruz, testificando como Ele cumpriria toda a justiça. Nosso batismo rememora figurativamente a Sua morte, sepultamento e ressurreição, testificando o que Ele fez por nós (cumprindo toda a justiça) na cruz.

 

JESUS E SUA TENTAÇÃO

Mateus 4:1-11; Lucas 4:1-13

Tão logo Jesus fez Sua primeira aparição pública no batismo, e foi identificado por João como o Cordeiro de Deus, e Deus O aprovou verbalmente diante das multidões (Mateus 3:16), veio o tempo de Ele ser tentado. A tentação deve ser vista por dois ângulos. a intenção de Satanás para isso era destruir, mas Deus permite a tentação para nos exercitar no combate contra Satanás e para mostrar Seu poder sobre Satanás. Há também dois aspectos da tentação em nós. Um é a tentação que Satanás coloca diante de nós. O outro é a nossa concupiscência da natureza depravada, pela qual escolhemos conceder aos artifícios de Satanás.

A tentação ao pecado que Satanás dirigiu a Jesus foi talvez maior do que qualquer homem já tenha experimentado, mas a concupiscência da natureza depravada não estava presente, porque Jesus era um homem divino, não um homem decaído.

Jesus foi tentado por necessidades humanas (fome). Você pode imaginar as dores de fome depois de quarenta dias? Foi nessa ocasião que Satanás tentou-O a transformar pedra em pão. Isso Ele poderia ter feito, da mesma maneira que alimentou os cinco mil, mas não estaria cumprindo o propósito de Deus neste momento, por isso se recusou.

Satanás também O desafiou a demonstrar-Se diante das multidões em fazer algo que traria morte, se Ele não fosse o Filho de Deus. Ele poderia ter ganhado grande fama assim e violado os planos de Deus para Ele ficar sem nenhuma reputação.

Satanás então pôs diante dEle vastos reinos do mundo em troca de adoração a Satanás, e também a Deus. Mais uma vez o Senhor se manteve firme sobre a Santa Palavra de Deus. Assim escolheu humilhar-Se a Si mesmo em vez de ter conforto, fama e riqueza. Ao fazer isso, venceu gloriosamente a tentação de Satanás.

 

Forrest L. Keener