O Eunico etíope

Atos 8:26-40

O eunuco etíope é um homem cujo nome nós não sabemos. Sua conversão abrange 15 versos da Escritura e nunca mais é mencionado. Contudo, por causa dos detalhes revelados sobre a sua salvação, é um homem muito importante. Um eunuco era um escravo, preparado desde a infância ou juventude para ser um servo por toda sua vida. Este eunuco era o tesoureiro da Etiópia, uma posição de prestígio, sob o reinado da rainha Candace. Era certamente um homem bem educado e também muito religioso pois viajou centenas de milhas através de montanhas e desertos para adorar em Jerusalém. Apesar de ter adorado na mais solene cerimônia judaica do ano, seu coração estava vazio e destituído de paz, sentando-se em sua carruagem, procurou as Escrituras em busca de um raio de esperança para sua pobre alma perdida.

Claro que foi Deus quem fez ele sentir seu coração vazio e lhe mostrou que tinha uma necessidade profunda. Sem dúvida o eunuco sentiu sua profunda pecaminosidade. Isso é o que chamamos de convicção espiritual. Entretanto, Deus trabalha pelo pecador, não somente a partir de dentro, mas também de fora. Então, Deus chamou Felipe da obra que estava realizando na Samaria e lhe disse para deixar aquela obra e sair no deserto, na estrada de Jerusalém para Gaza, porque lá encontraria um homem que necessitava do evangelho. Não é grandioso como Deus trabalha sobre o pecador, a favor dele, dando a convicção do Espírito Santo e a Palavra de Deus?

Quando Felipe foi até o eunuco, encontrou-o lendo o livro de Isaías, capítulo 53. Perguntou-lhe se entendia e o eunuco admitiu que precisava de alguém para auxiliá-lo em explicar o texto. É isso que é a pregação. Felipe subiu em sua carruagem e, a partir daquele capítulo mesmo, pregou-lhe Jesus. Não é estranho que pregasse de Jesus a partir do Velho Testamento, pois a Bíblia inteira é um livro sobre Jesus.

Quando o eunuco compreendeu, perguntou se podia ser batizado. Felipe ordenou que, primeiro, devesse ser um verdadeiro crente e, quando isso era confirmado, foram até a água, onde o eunuco era imerso. Dessa forma, partiu alegre.

Forrest L. Keener