Tito

Tito; II Coríntios 12:18; Gálatas 2:1-3

Não escrevemos sobre Tito porque foi um personagem distinto ou famoso. Não fosse a epístola escrita por Paulo a Tito, muitas pessoas dificilmente teriam constatado que ele existiu. Entretanto, humanamente falando, devemos a continuidade do Evangelho a tais homens pouco conhecidos, como Tito, que foram firmes em lutar pela fé.

O nome de Tito nunca aparece no livro de Atos quando Lucas escreve sobre as viagens de Paulo. Lucas, entretanto, conhecia-o e estava associado a ele. Foi também um companheiro de Paulo ainda no princípio de seu ministério, quando Barnabé ainda estava com ele (Gálatas 2:1). Tito era provavelmente excepcional em que, mesmo sendo envolvido no início do ministério de Paulo, era um gentio (Gálatas 2:3 e 4).

Podemos seguramente presumir que Tito foi um ministro de bom caráter, mesmo não havendo nenhuma pregação dele registrada e nenhum milagre fora feito por suas mãos. Foi uma pessoa a quem podiam ser confiadas responsabilidades importantes, pois Paulo enviou-o a Corinto para preparar a igreja sobre suas ofertas para os santos em Jerusalém (II Coríntios 8:6;12:18).

Podemos aprender muito sobre o caráter e o equilíbrio de Tito lendo a carta escrita por Paulo para ele. Paulo deixou-o em Creta para colocar em ordem as coisas que estavam inconclusas (ou que estavam fora de ordem neotestamentária). Esse não é um trabalho para um ministro fraco ou infiel (Tito 1:5). Foi-lhe dado a responsabilidade de distinguir o caráter dos homens (Tito 1:6). Foi-lhe dado a tarefa de ordenar os anciãos (pastores) em várias cidades (Tito 1:5).

Tito teve um povo difícil com quem trabalhava e deveria selecionar homens capazes de lidar com esse povo. Os cretenses eram mentirosos, pessoas imorais e glutões preguiçosos (Tito 1:10-13).

Foi dada a Tito a tarefa penosa de trabalhar entre esse povo. Devia não apenas reprovar o pecado deles, mas também preveni-los e ensiná-los para que fossem sãos na fé (Tito 1:13; 2:1).

Forrest L. Keener