Tomé

Mateus 10:1-4; João 21:2; 11:16; 14:5; 20:24-29; Atos 1:13, 14

Temos mais informações sobre Tomé do que, em média, temos sobre os Apóstolos. Tendemos a ser críticos em relação a quase tudo o que lemos sobre Tomé. Mas vamos lembrar-nos de que aprendemos através da fraqueza e das falhas dos discípulos e da correção do Senhor sobre eles. Assim, nossas próprias dúvidas e falhas são trazidas à luz, somos aperfeiçoados e Deus é glorificado.

Tomé parece ter sido um homem cético. Hoje em dia, muitos o chamam de “o Tomé que duvida”. Quando o Senhor começou a voltar a Judéia para levantar Lázaro dentre os mortos (João 11:11-16), Tomé esperou que Ele também seria morto. Isto era fraqueza de fé. Devemos observar, porém, que isso era uma indicação de que ele estava submisso à liderança de Jesus, ainda que isso significasse a morte.

O motivo pelo qual Tomé é mais conhecido relaciona-se ao seu ceticismo acerca da ressurreição do Senhor. Por este ceticismo é chamado de “o Tomé que duvida”. Não se esqueça, entretanto, que todos os Apóstolos eram céticos nesse sentido, nenhum deles esperava realmente que o Senhor ressuscitasse da sepultura, embora lhes tenha dito repetidamente que o faria. Tomé não acreditou nos outros Apóstolos quando lhe disseram que Jesus tinha ressuscitado dentre os mortos e que lhes tinha aparecido em sua ausência. Disse que não acreditaria a não ser que tocasse nas mãos de Jesus perfuradas pelos cravos e no lado perfurado pela lança (João 20:24-29). Quando o Senhor apareceu à assembléia no seguinte Dia do Senhor, Tomé estava presente. Sabendo do seu ceticismo, Jesus separou-o dos outros e o convidou a tocar Suas mãos e Seu lado e depois repreendeu Tomé por causa de sua incredulidade. Tomé respondeu em adorar-O desta maneira, “Meu Senhor e meu Deus”.

João é o único escritor que dá alguma informação sobre um feito ou afirmação de Tomé. Podemos pensar primeiramente que João era um crítico seu. Não é assim porque Deus inspirou cada palavra que João escreveu. Podemos concluir
 

Forrest L. Keener